13 de Novembro de 1345
Hoje, logo após o nascimento do nosso filho, o infante Fernando, D. Constança, a minha leal companheira e mãe extremosa, expirou. Nem tempo teve de aconchegar nos seus braços o filho que tanto desejara para consolo do seu infortúnio.
Esta morte, que a todos consternou, traz-me (posso, enfim, confessá-lo!) um enorme alívio para esta minha alma já cansada de esconder o avassalador amor que me une à minha amada Inês e termina aquele infindável enredo de enganos em que a obriguei a viver todos estes anos.
Que a sua alma descanse em paz nos braços do Senhor, que eu me entrego, finalmente, livre nos braços de Inês…
Pedro
« TRISTES FORAM TEUS FADOS, DONA INES» António Ferreira, A Castro